O regente da Geometria Sagrada.
Metraton (aspecto masculino) – Shekinah (aspecto feminino)
Também conhecido como Metatron, Matretton, Mittron, Metaraon, Merraton. Nos escritos que não pertencem às escrituras, Metraton é um super anjo. O seu nome inclui o rei dos anjos, príncipe da face divina, anjo da promissão e muitos outros. Ele liga o humano ao divino. O significado do seu nome é em si um mistério. Alguns pensam que o nome vem do latim metator (“guiar ou medir”); outros pensam que é apenas uma invenção judaica.
Quando é invocado, Metraton aparece como um pilar de fogo, ofuscante como o Sol. Em algumas fontes ele é visto como sendo mais poderoso do que Miguel. Muitos mitos rodeiam Metraton, incluindo que ele possa ter sido um mortal (o profeta Enoch) que se transformou em anjo que agora funciona como um escriba oficial divino, que detém todos os segredos escritos e vigia tudo o que os humanos estão a fazer. Podem vê-lo como o criador e o bibliotecário dos escritos de Akashi.
Em Key of Solomon, por S. Lidell MacGregor Mathers, o Primeiro Pentáculo do Sol – «O Semblante de Shaddai Todo-poderoso, a cuja presença todas as criaturas obedecem, e os Espíritos Angélicos fazem a reverência de joelho dobrado. . . » – é a representação de Metraton. Em volta do disco está escrito:
«Contemplem a Sua face e forma pelas Quais todas as coisas se formaram, e pelas Quais todas as criaturas obedecem».
Num outro mito, o profeta Elias foi transformado no irmão gêmeo de Metraton, chamado Sandolphon. O seu dever é reunir as preces de todos os praticantes (mais ou menos como o Serafim, no sistema dos Nove Coros). Desta fina teia de energia ele tece uma grinalda ou tapeçaria púrpura e vermelha.
Contudo, o mais interessante sobre Metraton é a associação com Shekinah, a versão hebraica da Shakti hindu, que é o lado feminino de Deus no humano. A criação do mundo é obra de Shekinah (de acordo com Zohar). Então, o propósito da vida é juntar as duas metades, masculina e feminina, para criar um universo equilibrado.
Ah, o princípio pagão! Quem diria!?
Shekinah é conhecida como «a glória que emana do divino» e representa a libertação. Muitos veem-na como «o espírito divino». A associação do Espírito Santo como feminino ajuda a equilibrar a cura. Na mitologia judaico, Shekinah está entre o criador e o humano. No Sabbath ela faz descer o seu véu da divindade sobre os crentes coletivos. No fim do dia ela volta ao seu lugar de/com a divindade.
O propósito do universo é reunir Metraton (o Criador) e Shekinah (a Criadora).
Em Matratone Shakinah vemos o conceito pagão de Deus e Deusa. Pode ser por isto que os cristãos olhem com desdém para Metraton e Shekinah, já que o divino feminino foi colocado abaixo do poder patriarcal.
Correm rumores de que muitas das tarefas do Clã dos Sete é trazer as energias de Shekinah de volta para a humanidade, para que tudo possa estar em equilíbrio e harmonia.
Figura 1 – Do vácuo à esfera
Imaginemos que no início tínhamos o vácuo, a consciência primordial, chamemos-lhe o Espírito. Com o objetivo de criar dispara um raio de consciência no vácuo, primeiro para a frente, depois para trás (um eixo), para a esquerda e direita (outro eixo) e por último, para cima e para baixo (terceiro eixo), obtendo-se assim o primeiro desenho da figura 1, isto com a mesma distância nas 6 direções, definindo as coordenadas espaciais (Norte, Sul, Este, Oeste e uma direção ascendente e descendente).
Todos nós temos estes 6 raios sensitivos partindo da nossa glândula pineal (um atravessando o chakra da coroa e pescoço, outro atravessando a nuca e o chakra frontal e um terceiro atravessando os dois hemisférios cerebrais), correspondendo aos três eixos cartesianos x, y, z. Esta capacidade criativa é inata a todos os humanos.
Se unirmos agora as várias direções tal como era feito nas antigas Escolas de Mistério, obtemos um diamante ou quadrado (segundo desenho, ver em perspectiva), após a formação deste quadrado à volta da consciência é disparado um raio de consciência no sentido ascendente, formando uma pirâmide, e um raio de consciência no sentido descendente formando outra pirâmide (terceiro desenho).
É importante referir que a função piramidal assume uma máxima importância no retorno à Fonte, o que é amplamente descrito no Livro do Conhecimento de Hurtak, “A inteligência humana deve ser iniciada nas funções piramidais de Luz antes que possa ser promovida à próxima ordem de evolução, à próxima célula temporal consciencial”.
Figura 2 – Octaedro
Como pode ser observado na figura 2 acabamos de obter um octaedro (na forma tridimensional). É importante observar que isto é só a consciência, não existe um corpo no vácuo. Foi simplesmente criado um campo à volta da consciência.
A partir deste momento é possível, pela primeira vez, imprimir movimento, criar energia cinética, ou seja, temos este octaedro base e podemos criar uma distância (afastar-nos ou aproximar-nos) ou então o criador pode simplesmente permanecer imóvel levando este primeiro octaedro movimentar-se, passa a haver uma referência no centro do vácuo, logo passam a existir também distâncias.
Se movimentarmos este octaedro na direção dos vários eixos criamos os parâmetros perfeitos para uma esfera (figura 2), era exatamente isto o que os iniciados no Egito faziam nas suas meditações (quarto desenho da figura 1), tal como na Cabala em que as direções assumem bastante importância para algumas meditações específicas.
Toda a gente que estuda geometria sagrada está de acordo quanto ao fato de que uma linha reta representa o masculino e uma linha curva representa o feminino. O que os egípcios estavam a fazer ao realizar esta meditação era passar de uma forma masculina (octaedro) a uma forma feminina (esfera). Isto está diretamente associado à Bíblia e à criação da Eva a partir de uma costela do Adão.
Tudo o que conhecemos foi uma criação de uma consciência no infinito vácuo, os Hindus chamam-lhe Maya, que significa ilusão, todos nós podemos criar a nossa realidade (deuses criadores) e libertarmo-nos de Maya.
Anarion Macintosh – The spiral and the six stages of creation (acrylic on canvas)
Padrão da Gênese
Figura 3 – Padrão da Gênese
Partindo desta primeira esfera ou bolha no vácuo (primeiro desenho da figura 3) o Espírito projeta uma nova esfera (segundo desenho) obedecendo às mesmas regras. Este processo lembra-nos a divisão na Mitose (reprodução assexuada).
Temos aqui a associação com o primeiro dia da criação (“Fez-se Luz”).
Neste momento encontramo-nos perante um símbolo sagrado muito antigo conhecido como “Vesica Piscis” (figura 4) associado ao Cristianismo e também conhecido como o “Peixe de Jesus” (numerologia).
Se considerarmos uma esfera como sendo Deus ou o Céu e uma segunda esfera como a Humanidade ou a materialidade esta intersecção simboliza o Cristo, o portal que une o Céu e a Terra. Este símbolo está intimamente associado à criação da luz, sem ele a luz não seria possível, sem esta imagem geométrica não seria possível por exemplo a criação dos nossos olhos, responsáveis pela recepção da luz.
No segundo dia da criação com uma terceira esfera obtemos o símbolo da Santíssima Trindade (figura 4), a geometria básica da estrela tetraédrica, uma das formas geométricas mais importantes na criação (forma da Merkaba, corpo de luz que nos permite voltar ao estado de consciência original).
“Quando duas Pirâmides de Luz se unem para formar uma Estrela de David, nasce um novo universo estelar de inteligência” (J.J. Hurtak).
Figura 4 – “Vesica Piscis” e “Tripod Of Life”
Continuando o movimento matemático da criação vamos chegar ao Sexto dia da criação obtendo-se o símbolo da flor de seis pétalas conhecida como a Semente da vida, o princípio da criação do Universo no qual nós vivemos.
Este primeiro movimento em torno da primeira esfera, representa a primeira rotação ou Padrão da Gênese (os seis dias da criação da Bíblia), ilustrados no quadro de Anarion Macintosh.
Semente da vida
Se pegarmos no padrão da Gênese, a primeira forma tridimensional que conseguimos extrair é conhecida como Torus (figura 5), esta forma é obtida a partir da rotação da Semente da vida em torno do seu eixo central (último desenho da figura representa o Torus visto de cima em duas dimensões).
Foi o matemático Arthur Young que descobriu que esta forma geométrica tem sete regiões conectadas, todas do mesmo tamanho (figura 6), o Torus representa a forma geométrica base da existência, está presente em todos os planetas, estrelas, galáxias. O nosso planeta é um Torus com dois pólos magnéticos em comunicação (primeiro desenho) o que permite as predecessões dos equinócios (ponto zero). O Torus está também presente no corpo humano (como exemplo o coração que tem sete músculos formando um Toroidal bombeando para sete regiões) e pode ser encontrado em todas as formas de vida existentes.
Figura 5 – Espiral Torus com as sete regiões diferenciadas
Se efetuarmos uma segunda rotação (figura 6) em torno da Semente da vida, obedecendo às mesmas regras da primeira, vamos chegar a uma segunda figura tridimensional conhecida como o Ovo da vida (figura 7).
Figura 6 – Rotações
Figura 7 – Ovo da Vida
O Ovo da vida representa a estrutura morfogenética a partir do qual o nosso corpo foi criado. A nossa existência física depende desta estrutura, desde a cor dos nossos olhos ao formato do nosso nariz… Uma forma que também é revelada neste segundo Vortex (rotação) é a Árvore da Vida que contém dez círculos que representam os Sefirotes (esferas em Hebraico) na Cabala, 10 aspectos da personalidade sintetizados no Adão Kadmon, o Homem Celeste, Logos. Representa o caminho para iluminação espiritual e um mapa do Universo e da Psique.
Figura 8 – Árvore da vida
Com uma terceira rotação obtemos um padrão determinante na formação da realidade física.
Quando olhamos de forma atenta para a Flor da Vida (figura 9) vemos 19 círculos inscritos em dois círculos concêntricos, imagem essa encontrada um pouco por todo o mundo nas várias civilizações, a questão é porquê parar nos 19 círculos? Isto deve-se à descoberta do próximo componente que era de extrema importância, por essa mesma razão mantiveram-no em segredo. Esse conhecimento era considerado tão sagrado que decidiram não trazê-lo a público, codificando-o.
Figura 9 – Flor da vida
Se olharmos bem para a Flor da vida deparamo-nos com a existência de vários círculos incompletos na periferia (esferas na verdade). Tudo o que era preciso era completar estes círculos (técnica antiga para codificar o conhecimento). Se efetuarmos uma quarta rotação torna-se fácil de perceber o padrão misterioso, o Fruto da vida :
Figura 10 – Fruto da Vida
Este padrão de treze círculos é uma das formas mais sagradas em toda a existência. Na Terra é chamada de Fruto da Vida. O Torus, Ovo da vida e Fruto da vida são os três padrões que nos permitem construir tudo aquilo que conhecemos como realidade sem exceção.
Se combinarmos estes treze círculos (femininos) com todas as linhas retas possíveis (masculinas) como é exemplificado na figura abaixo vamos obter a forma geométrica sagrada conhecida como o Cubo de Metatron:
Figura 11 – Cubo de Metatron
Figura 12 – Cubo de Metatron
Figura 13 – Os dois cubos dentro do Cubo de Metatron
A árvore da vida é um aspecto da ciência espiritual conhecida como a geometria sagrada.
A árvore é encontrada dentro da flor da vida que é encontrada dentro da flor do ser.
O estudo da geometria sagrada é eficazmente um estudo do Arcanjo Metatron.
ÁRVORE DA VIDA
A informação a respeito da árvore da vida veio a nós nas épocas antigas e vem-nos hoje na Cabala (Quaballa, Kabala, Kaballa, etc.). Cada um dos 10 componentes da árvore é chamado um Sephira, e todos os 10 são chamados o Sephiroth. Os termos “Sephira” e “Chakra” são ambos que esclarecem aos mesmos fenômenos espirituais dentro de si e é universal. Quando ativados, transformam-se no núcleo da criação da sua Luz do corpo.
A árvore da vida é uma parte da geometria sagrada e é uma subdivisão da flor da vida.
Flor da vida
Se nós projetarmos a árvore da vida na flor da vida nós encontramos um senso exato para combinar!
A árvore da vida projetada na flor da vida
A figura da flor do ser, que poderia ser prolongada para sempre, é a manifestação da ressonância do Arcanjo supremo, Metatron.
Flor do Ser / grade de Metatron
Os círculos são realmente esferas de Metatron que é o centro deles todos.
Fonte: Filosofia Esotérica
Leonardo Neiva
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